quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Aposta

De beijos roubados
A rompimentos
De pirraça e guerrinha
A fingimento
Efeitos dos defeitos
Escrito a ferro
Marcado a fogo
Assim é este lance
Uma sociedade anônima
Sem o que tempo canse
Eu sempre quis largar
Você sempre quis fugir
E ao abrir mão do lugar
A posse de ti consegui.








quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Indiessi

Sim. O indie é antigo.  E eu tinha me declarado.


Indiessi

Eternamente agradecidos
Humanos sofridos
De couro curtido
A sol nascente poente
Garoa e ar quente
Terra molhada
Alma ensaboada
Vida escorregada
Indi veio da estrela
Da meia luz singela
Traz a voz tão bela
Do sentimento escondido
No quarto de porta fechada
Jamais invadido.


Hoje mais de vinte anos indies depois ainda é o mesmo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Gerry I'm not angry anymore

Mais um das papeladas encontradas, este no verso de nota fiscal fatura.

Gerry, não tô mais brava.


Nunca vamos esquecer o grito
A dor, a lágrima, molhando cabelo,
A corda mi rebentada enrolada
No dedo e teu desespero

A gente sofria junto uma dor
Se apoiava isso é verdade
Só contra o que for
Junto contra a humanidade

Tua mão tatuada e a mecha vermelha
Cor de sangue e a pele marfim
Mas eu mesma nunca te amei
E você nunca gostou de mim.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Audila

Dando continuidade ao desamassamento de papéis:

A pele mutilada descama
Troca partículas dormentes
Enquanto leio velhas mensagens
Como foi seu dia novamente

Como se ainda viesses despejar
Suas andancas, desejos, dores
Risos, conquistas e louvores
Como Folha branca a anotar

Tudo descorou, amarelado
Era um sentimento que desbotou
Não tens mais causas de desabafos
Só recordações num arquivo sagrado.

sábado, 17 de novembro de 2018

A tua horror estória

Nunca sabe onde surge
Abrigada em seda preta
As vezes renda e rouge
Como manda a etiqueta

Olhos espreitam no escuro
Não adianta te esconder
Nunca sabe a noite e a hora
Mas a sombra vai aparecer

Murmuros que ouvirá
Por te livrar impaciente
O toque da mão te gelará
E o corpo fica dormente

E assim como surge se foi
Mas nunca é eterno
Em algum monento depois
Ressurgirei do inferno.

A turma

Corra, se mande, vá atrás
Do que você superestima
E pensa que será capaz
De reconhecer que se auto estima

Continue vendo passar os anos
Com falsos sorrisos e coração partido
Colecionando desculpas e desenganos
Desesperanças, levando perdido

Nem óculos te podem ajudar
Esperando a valorização
Te mantendo escravo a esperar
Sem ver a dissimulação

sempre escravo de promessas
Admirando ajoelhado e servil
Sem conquistas ou recompensa
Desprezando o que lhe é gentil

Eles sempre mais acima
Deles o lucro e a satisfação
E nada disso te ensina
Que já morre na ilusão.







Rumba

Um dia me destes um presente
Era vermelho como maçā
No belo embrulho brilhante
Vinha com frescor da manhā
Tentei abrir sem poder
Pensando sentir o sabor
Mal sabia que era amargo
Bonito só tinha a cor
Até que caiu e quebrou
Partiu mostrando o interior
No meio do quase vazio
Mofo, poeira e bolor.
  

Poemas abandonados

Então galera. Cada vez que vou a casa velha (uma casa que está meio abandonada em ctba) volto com um monte de papelzinhos com poemas e sinopses de contos dentro.  Escrevi "istos" há muito tempo. Uma época em que acreditava nas coisas. É divertido ler hoje e pensar no quanto a gente não é Pokemon mas evolui.


Soada

Meus ouvidos comandavam a vida
Não só corpo e seus arrepios
Tua voz, vício pior que bebida
Em busca disso gastava desatinos
Hipnotica, tua toada
A obediência desencadeava
Para logo sentir-se enjoada
E sua presa abandonava
Hoje o cérebro acordou
E firme destronou este acorde
Ressoa agora a voz interna
E só por lição você ficou.


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