domingo, 27 de fevereiro de 2011

Pablito


Era um garoto
De cabelos grisalhos
Cheios de tinta
De rosto alegre
Cheio de rugas
De sorriso largo
Cheio de marcas de expressão
Sempre lendo comigo
Discutindo sem brigar
Ia e vinha
Como um cão sem dono
Cheio de dignidade
Nunca aceitando migalhas
As vezes vendendo quadros
As vezes comprando livros
Banho de cachoeira
Uma mulher e lareira
Uma casa no meio do mato
E nunca mais se viu Pablo

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